Uma perda?

Hoje estava lendo, num blog muito bom aliás - o Minha mãe que disse -, um texto de uma mamãe sobre um aborto espontâneo, algo que, ainda acho confuso, e meio sem nexo as pessoas ficarem espantadas com isso. Ok, é uma perda... Mas...não sei né, complicado falar, ninguém sabe dizer se realmente um feto pequeniníssimo no seu ventre já seja realmente...um bebê (?). Digo, um ser, um espírito, uma alminha a mais na terra. Meio complicado lidar com isso... Mas eu particularmente tenho minhas regrinhas bobas: acho que antes dos 3 meses pelo menos, antes de formar um feto mesmo, ainda não é um bebê, não vai sofrer, e se ele se foi, é porque não era pra ser. E principalmente: acho que um aborto espontâneo nunca é culpa nossa. O seu corpo está se adaptando, a natureza está agindo...e quando ele estiver pronto, vai vir, e não há academia, salto de paraquedas ou refrigerante que possa parar a gestação.

Bom, mesmo falar da morte também, é bem complicado... A maioria das pessoas encara isso de forma tão ruim, tão inaceitável, como uma coisa realmente absurda. Já eu... acho uma coisa tão natural, independente de idade, de qualquer coisa, afinal, é "a única certeza que temos dessa vida", certo? Encaro como uma naturalidade, que todos vão passar, até a Hebe! (hááá)

Antes de ter o Arthur, eu sofri um aborto. Acho que foi com uns 19 anos... e ainda é meio complicado falar isso pras pessoas porque todas olham com cara de espanto, e pena também, uma junção. E meu, não foi uma pena! Ele se foi com 2 meses mais ou menos, não estava formadinho, e não ia ser um bebê!

Simplesmente não era pra ser. Foi uma experiência da natureza comigo. E depois disso meu útero se acostumou, se preparou e aprendeu para o que ele foi feito, pra me trazer o Arthur! (e quem sabe mais rs). Isso me trás felicidade... o Arthur comigo aqui, e somente. E quanto à morte.... vamos aproveitar a vida, fazer das oportunidades os melhores momentos, rir de tudo, chorar e viver enquanto estamos aqui!!

Beijokas.