quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Descobrindo o glaucoma

Postado por Bekka às 14:03
Agora vou contar resumidamente como descobrimos o glaucoma congênito no Arthur. É bem fácil reparar, mas muitas pessoas confundem, então é bom deixar aqui explicadinho.

Assim que o Arthur nasceu, o hospital fez o teste do olhinho, conhecido como Reflexo Vermelho, e não notou nenhuma alteração, o reflexo dele estava ótimo, e continua assim.Porém, ele já nasceu com os olhinhos grandes, como duas jabuticabas, e aí que está a pegadinha, todo mundo achou lindo! Minha família tem olhão mesmo, então pareciam normais, todo mundo acha olhinho grande de bebê lindo também. Com 2 meses, comecei a reparar que o olho direito dele estava começando a parecer maior que o esquerdo, e ficando um pouco turvo, opaco, porém só eu notava e as pessoas falavam que era normal e não viam nada. Ele também coçava os olhinhos com frequência, mas nada absurdo e nunca teve fotofobia. Com 3 meses a pediatra dele, graças a Deus, viu também, e me encaminhou a uma oftalmologista. Essa oftalmo analisou, como podia (difícil examinar o olho de um bebê hein!) os olhinhos do Arthur, fez ultrassom, e fez cara de séria, por fim, me falou que ela não poderia atendê-lo, e que provavelmente ele tinha glaucoma congênito, que costuma ser bilateral, mas nele se mostrou forte no olho direito. Fiquei pasma tentando parecer calma, mas foi um baque sim, até porque eu nem entendia o que era aquilo. Eu teria então que levar o Arthur a um oftalmo-pediatra especialista em glaucoma congênito. Ô trabalho difícil arrumar um oftalmo assim pelo convênio! Simplesmente não existe. E minhas dúvidas só aumentavam vendo na internet relatos de cegueiras que vieram através do glaucoma congênito, e descolamentos de retina, problemas de visão, inúmeras cirurgias. São vários relatos mesmo, mas pouca informação útil, como tratamento, cuidados, médicos, quem já teve, etc. Só consegui um médico através de uma amiga nossa, filha de um oftalmo, que conseguiu uma consulta gratuita com um especialista. Levando ele lá, o doutor disse que teríamos que medir a pressão do baby em um hospital, porque ele teria que ser sedado (já me dava calafrio só de pensar). Bom, resumindo mais, depois  de esperarmos ansiosos, conseguimos agendar esse exame no Hospital Mário Covas de Santo André, onde ele seria sedado e caso precisasse já faria uma cirurgia. E dito e feito, ele fez uma "Goniotomia temporal", que foi bem pouco invasiva, e foi tudo bem! Demorou pra cirurgia ser realizada, ele ficou um bom tempo sem mamar tadinho, mas no fim deu tudo certo, ele ficou com um tampão, mas já estava enxergando normal logo após a cirurgia, e ficava querendo tirar o tampão. Depois disso vieram consultas, e agora querem fazer o procedimento de sedação de novo pra medir a pressão dele, depois eu conto aqui.

Nossa experiência com colírios: a primeira oftalmo nos indicou o uso de Timolol, o que deu alergia no bebê, o olho dele inxou e ficou vermelhinho, a gente parou de usar no primeiro dia. Após a cirurgia, receitaram um anti-inflamatório, claro, e o Cosopt, que não deu alergia mas foi prescrito errado, porque não é pediátrico. Agora outra médica receitou o Asopt, que é sem Timolol.

Meu baby não teve muitos sintomas do glaucoma não, só o olhinho grande (buftalmo), por isso quero deixar registrado aqui, pra quem também tiver um bebê assim ficar de olho, porque, sim, o glaucoma pode levar a cegueira, e nós não desejamos isso a ninguém muito menos aos nossos filhos, certo?!

Daqui pra frente vou contando mais o que acontecer.

Beijokas pra quem leu, e sorte pra todos!

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